Erros mais comuns na alimentação dos pássaros

Cuidar da alimentação de um pássaro pode parecer simples, mas está longe de ser uma tarefa fácil.

 O manejo alimentar exige atenção constante, pois pequenos erros cometidos diariamente podem trazer consequências sérias para a saúde da ave.

 Muitas vezes, o criador acredita estar oferecendo “o melhor” quando, na verdade, está criando situações que favorecem doenças, desequilíbrios nutricionais e até desperdício.

Um dos erros mais comuns é a quantidade exagerada de alimentos oferecidos. É comum ouvir justificativas como “esse alimento é rico em proteínas” ou “serve como prevenção”, mas não é assim que a nutrição funciona.

O excesso pode ser tão prejudicial quanto a falta. Um exemplo simples: um coleiro adulto pesa em média 10 a 12 gramas.

Não faz sentido encher a gaiola com 80 gramas de alimentos variados esperando que ele escolha e consuma tudo. Isso não só gera desperdício como também atrapalha o controle do que realmente está sendo ingerido.

 O ideal é oferecer pequenas porções, sempre ajustadas ao tamanho e às necessidades do pássaro. Dessa forma, o criador acompanha melhor o consumo e garante que os nutrientes sejam aproveitados.

Outro erro muito frequente é deixar os alimentos frescos por tempo demais dentro da gaiola. Legumes e frutas, como pepino, chuchu ou maçã, devem ser consumidos rapidamente.

Se ficam expostos por horas, começam a fermentar e podem atrair insetos. Caso o pássaro ingira um alimento já alterado, os sintomas mais comuns são diarreia e desconforto intestinal, que abrem espaço para vírus e bactérias oportunistas.

Esse tipo de problema poderia ser facilmente evitado apenas controlando o tempo de exposição do alimento fresco.

Além disso, não podemos esquecer da higiene da gaiola. Alguns criadores deixam a limpeza para ser feita apenas uma vez por semana, acreditando que não faz diferença.

Mas as fezes acumuladas criam um ambiente úmido e propício para a proliferação de fungos. Esses fungos se espalham pelo ar, e um pássaro que vive constantemente em contato com eles tem muito mais chance de desenvolver problemas respiratórios graves.

A solução é simples: realizar a limpeza do fundo da gaiola diariamente. Esse cuidado básico faz toda a diferença na prevenção de doenças.

Existe também um equívoco em acreditar que “maior é sempre melhor”. Muitos criadores pensam que, quanto maior a gaiola, mais feliz e saudável será o pássaro. Mas essa lógica não se aplica a todas as situações.

 Durante períodos de frio intenso ou na muda de penas, os pássaros naturalmente reduzem seus movimentos para economizar energia. Nesses casos, uma gaiola muito grande pode acabar sendo desnecessária.

 O importante é adequar o espaço e o manejo ao momento fisiológico do pássaro, garantindo conforto e bem-estar sem exageros.

Outro ponto que precisa ser destacado é a falta de planejamento alimentar. Muitos criadores oferecem alimentos ou suplementos apenas porque ouviram recomendações em grupos de WhatsApp ou de outros criadores.

Esse tipo de prática pode até parecer inofensiva, mas, na verdade, prejudica o equilíbrio da dieta e atrapalha o desempenho do pássaro.

 Cada criação é única e tem suas necessidades específicas, que variam conforme a idade, a fase fisiológica e até mesmo as condições ambientais.

É por isso que a melhor forma de evitar erros é focar na realidade da sua criação, e não apenas copiar práticas de outros.

Vale lembrar também que a forma de armazenamento dos alimentos influencia diretamente na qualidade nutricional oferecida aos pássaros. Sementes ou rações mal armazenadas podem atrair insetos e acumular umidade, favorecendo a presença de fungos tóxicos.

Isso, além de reduzir o valor nutricional, pode causar intoxicações sérias.

No fim das contas, todos esses erros têm algo em comum: eles prejudicam a saúde do pássaro e atrasam os resultados que o criador espera.

Seja para manter a ave saudável, garantir um bom desempenho em torneios ou simplesmente aumentar sua longevidade, a chave é sempre oferecer uma alimentação equilibrada, fresca e bem planejada.

Se ainda assim surgirem dúvidas sobre quais alimentos oferecer e em que quantidade, a melhor alternativa é buscar uma orientação especializada.

Por meio de uma consulta nutricional, é possível avaliar cada caso de forma individual, levando em conta a espécie, o estágio fisiológico e os objetivos do criador.

 O atendimento é online e, você recebe um cardápio personalizado, com as quantidades exatas para manter seus pássaros saudáveis e preparados para alcançar os melhores resultados.

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